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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mensagem de Vitor de Castro (São Paulo, 1962 - 1998)

Eu era muito jovem quando morri. Tinha pouca idade e hoje estou muito feliz de trazer uma mensagem. 

Pode colocar no site que vou azucrinar a minha mãe para ler e ela vai acreditar porque quero dizer coisas que só ela sabe e que sinto muita falta dela.

Pode dizer que aqui sou muito feliz, feliz mesmo, mas após a minha morte foi muito difícil entender o que tinha acontecido. Foi um acidente de carro na estrada de São Paulo quando eu voltava do trabalho e fazia isso todos os dias. 

Não me preocupava com a velocidade, pois estava acostumado a correr na estrada e naquele dia o carro derrapou e bati em um muro de pedra. Não sobrou nada do carro e nem de mim foi tudo para os ares. Não ficou nada para contar a história. 

Meus pais quase enlouqueceram quando souberam, porque eu era filho único e estava prestes a casar com a minha noiva que deixei.

Para ser sincero foi muito duro ter que deixar todos para trás e aprender a levar uma vida de aprendizado. Aqui onde estou precisei aprender a valorizar a vida e dar mais importância para o corpo de carne, que é uma benção de Deus e que não podemos usar de qualquer maneira. Fui um cretino e estúpido em correr tanto, em achar que eu era um piloto e que nada poderia acontecer comigo. Me achava bom e era egoísta, tinha tudo o que queria. 

Os meus pais tinham e tem muito poder aquisitivo e, eu achava que podia tudo, até correr no meu carro. Que idiota fui em acreditar que era imortal e que nada poderia acontecer comigo. Deixei uma linda namorada a beira do altar me esperando. Sofreu todas as amarguras que uma pessoa pode sofrer. Disse que não iria casar com mais ninguém, mas graças a Deus apareceu um rapaz muito correto e honesto que a ajudou muito e fê-la muito feliz.

Hoje me sinto aliviado de poder contar tudo isso. Demorei para aceitar esta minha condição de um adolescente crescidinho e que tudo o que podia fazia. Pensava pouco nos outros. Eu era o centro das atenções. Era bonito e rico. Tudo eu podia desde que o dinheiro pagasse e hoje vejo uma outra realidade de que o dinheiro não pode nada, de que eu era um completo idiota a me fazer de espertinho.

É isso mesmo minha cara senhora que está ai a escrever a minha historia. Estou muito feliz de desabafar as verdades que muitas vez escondi de mim mesmo e como não conheço a senhora me sinto a vontade para dizer a verdade e sei que não vai me julgar. Está acima disto e tem um linda tarefa a desempenhar.

Quero muito que a senhora poste esta minha historia no blog.
Quero muito que diga a minha mãe e ao meu pai que hoje me recuperei de tudo. Que faço tudo o que me pedem aqui para que eu melhore o meu ego, que aprenda cada vez mais a valorizar a vida que Deus nos dá.

Temos um lindo lar onde moramos em um grupo de jovens que desencarnaram como eu. Cada um tem uma tarefa e nos damos muito bem. Todos vão querer falar com a senhora, sentem muita vontade de mandar notícias para os seus familiares e hoje é para mim o dia mais feliz de minha vida depois que morri.

Me alegro muito com a possibilidade de saber que a minha mãezinha possa ler esta mensagem. Ela gosta muito do espiritismo e sempre espera que alguém mande para ela uma carta minha. Sonha com este dia em que vai receber esta carta. Tenho como explicar onde morava. Morava no Alto de Pinheiros ...

Vou passar o nome da minha mãe quem sabe a senhora consegue falar com ela e levar esta carta. É capaz que ela morra de alegria. Ela se chama Marilena D. C.  O acidente foi muito feio, não sobrou nada do carro, também estava a quase 200 km por hora. Que irracional, que loucura correr tanto, mas já passou e agora vou agradecer porque tem mais gente para a senhora escrever.

Veja o que pode fazer por mim. Eu a agradeço muito por sua dedicação. 
Que a senhora seja abençoada hoje e sempre. Muito obrigado pela sua disposição em ajudar.